sábado, 25 de setembro de 2010

3 países em 5 parágrafos

Grécia


Não é de se admirar que o conceito de "belo" tenha surgido na Grécia (fonte: FERRO, Úrsula - já na segunda garrafa de vinho). Mar espetacular, ilhas vulcânicas, bela arquitetura, deusas gregas... Como beleza não é tudo,há ainda a ótima e leve culinária, com berinjela e queijo feta em todas as suas possibilidades, peixes e frutos do mar frescos e azeite de primeira. Descobri que até o pastel folhado veio daqui. Para beber, vinho e ouzo, um licor de anis com alto teor alcoólico, semelhante ao Ricard. Tudo bem mais barato que na França. Todos bem mais simpáticos que na Itália.
Na capital Atenas recomendo perder-se pela multidão que passeia pela noite, por ruas descritas por equações matemáticas complexas, descobrindo vez por outra Acrópolis no alto de um monte. A ilha de Santorini é o lugar mais agradável onde já estive. Creta é grande e bela, com turistas demais. Será difícil algum país desbancar a Grécia nesta viagem.

Bulgária



Sofia não é feia. Há igrejas com arquitetura interessante. Os prédios parcialmente destruídos até possuem um certo charme. A culinária não chega a ser horrorosa. A cerveja agrada, assim como a rackia. As pessoas constumam me observar. As bancas de revistas são subterrâneas. Dizem que há lugares mais interessantes que Sofia na Bulgaria. Pelo menos o hostel foi excelente.

Bucareste, Romênia




Prédios espetaculares a cada esquina, muitos deles com outdoors ou neon gigantescos em plena fachada. Chegamos num sábado a noite e a cidade fervilhava. Ficamos em um quarto com paredes revestidas com tecido vermelho em um hostel onde rolava festa gótica no sábado e churrasco vegetariano no domingo. Conhecemos algumas pessoas legais. A língua, ao contrário da Bulgária e Grécia, é fácil de ler. Nas galerias de arte havia mais vigilantes que visitantes. A comida mais saborosa que experimentamos foi massas no pizza hut. Cerveja e vinhos decentes. No fim das contas, pareceu um lugar legal para morar um tempo.

Sighişoara, Romênia




Viemos parar na Transilvânia. Lembro que costumava ser a fase mais difícil nos tempos de videogame. Chegamos numa noite sombria e saímos para procurar vinho pelas ruas onde Drácula, o verdadeiro, nasceu. De dia, trata-se de mais um desses vilarejos medievais espetaculares. A tarde fluía sem sentido, até descobrirmos Palinka. Theo e sua família passaram os útlimos 450 anos destilando ameixas, peras, frutas do bosque e aperfeiçoando este néctar em uma cave, que descobrimos sem querer numa ruela fora da rota dos turistas. Para finalizar a Romênia, roubaram nossas toalhas do varal e partimos num trem noturno para Budapeste.

por Luigius Caramujov Işihara

3 comentários:

  1. Ei, Caramujos.

    Trinta e um anos e quatro meses obsbinei-me em exaustiva pesquisa buscando a afinidade quintessencial da Romênia com o Brasil. O insucesso já me aconselhava, desolado, a desistir.

    Entretanto, eis que vocês, fortuitamente, me propiciaram a resposta tão procurada: o furto das toalhas no varal.

    Obrigado.

    Selarei minha gratidão pagando um jantar quando regressarem.

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  2. Beleza! Estamos no lado comunista, mas não esquecemos do nosso amigo Expreso Americano. Ficaremos felizes em reencontrá-lo.

    (Falando sério: adoramos seus comentários.)

    Eurekers.

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  3. Essas casinhas todas coloridas são habitadas? Parece tão soturno. Meda.

    sMUUUUUUack!

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