segunda-feira, 25 de outubro de 2010

And the Zubrowka goes to...

Atenção concorrentes da PROMOREKA! Essa é a hora em que sobe o som da quinta do Beethoven  (tchan...tchan...tchan...tchaaaaan), vocês se abraçam e começam a rezar. Mentalizem, galere:



Si Deus Nobiscum quis contranos

Como nós somos muito sérios, estabelecemos alguns critérios para a avaliação dos pontos enviados por vocês para a constituição da futura Monarquia Republicana da Eurakia. São eles:

-Originalidade
-Humor
-Ortografia
-Coesão e coerência
-Puxa-saquismo
-Compostura
-Pontualidade
-Relevância
-Doidice

Como alguns concorrentes ficaram empatados...


( porque PARENTUM VOTO AC FAVORE)
 ...decidimos colocar peso nos critérios et voilá!

Nem a tentação do nepotismo é capaz de manchar nossas boas intenções



Parabéns Lygia Maria! Você é a feliz ganhadora da PROMOREKA e tem até 30 dias úteis, a contar da data da divulgação desta, para pegá-la com a equipe Eurekers!



*Caso o(a) ganhador(a) da PROMOREKA não resgate o seu prêmio em até 30 dias, automaticamente, a Zubrowka passará a pertencer ao congelador da equipe Eurekers e estará a disposição da mesma.
*Caso o(a) ganhador(a) da PROMOREKA indique outra pessoa para pegar o seu prêmio ou finja que está doando a vodka para outrem, o procurador- ou suposto beneficiário- deverá apresentar uma procuração registrada em cartório.
*As regras de entrega desta PROMOREKA jamais mudarão. Nem diante da súplica presencial ou virtual.


sábado, 9 de outubro de 2010

PROMOREKA: aviso

Galere, por conta de contratempos viajeiros lamentamos informar que tivemos que consumir a Zubrowka destinada à promoreka.

Êêê! Vocês gelam, é?

De fato, os contratempos existiram, mas a promoreka persiste e o resultado foi prorrogado para este domingo (10).

Novos comentários serão aceitos até lá.

Pra quem já participou, agora, é só esperar o resultado.

Anônimos, identifiquem-se para entrar no páreo.

До свидания !

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Polônia e Países Bálticos: pitadas



No trajeto de Praga à São Petersburgo, decidimos parar pelo menos um dia em cada país pelo caminho. Vi a Polônia passar pela janela do trem. Cracóvia deve ser bela sem chuva. Segui a recomendação de uma amiga-irmã e experimentamos suco de maçã com zubrowka, uma vodka cuja garrafa contém uma erva (um talo, na verdade) dos quais os bisões se alimentam. Gostamos tanto que resolvemos sortear uma entre os amigos.
Vilnius, capital da Lituânia, é uma bela cidadezinha habitada por top models e jogadoras de basquete. A segunda parte mais interessante é Uzupis, um país não oficial dentro de Vilnius, com constituição, hino, bandeira e tudo o mais que os artistas e/ou bêbados do lugar imaginaram desde 1997. O sol voltou e nos proporcionou um fim de tarde vermelho e memorável.
Na Letônia conhecemos Riga, mais bela que Vilnius, com igrejas monumentais com pontas douradas em seu centro medieval. Tive a impressão de que em Riga as pessoas são mais simpáticas do que a média no leste europeu, o que aliás não quer dizer muita coisa. A bebida local é black balsam, que supostamente Goethe chamou de "elixir da vida". Experimentamos pura e está mais para elixir paregórico. Misturada com sucos de frutas melhorou bastante.
Tálin, na Estônia, tem um centro histórico impressionante, com belas vistas dos telhados triangulares e detalhes dourados. Pessoas impossivelmente altas, brancas e loiras circulam pelas ruas de paralelepípedos gelados. Cansados de batatas e simplicidade, já abandonamos qualquer expectativa em relação à culinária local desde a Polônia. Vanna Talinn, a bebida local, é um remédio melhor do que o elixir da vida.
Para escapar da rotina de passear por cidadelas medievais magníficas e turísticas, fugimos para ver o mar Báltico e as redondezas da cidade. Acabamos em um bairro constituído por charmosos chalés de madeira, que nos lembraram os de Mosqueiro. As folhas secas caem e cobrem os gramados. As que restam nas árvores, iluminadas pelo sol grande e baixo, brilham vermelhas, amarelas e laranjas, tornando o mundo em um agradável filme em sépia.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Chuva, jazz e cerveja

 
Praga é bela, mesmo cinzenta e fria. Contudo, fomos forçados pela chuva a permanecer mais tempo em ambientes secos e aquecidos, como bares ou museus. Na verdade, mais bares que museus. Reencontrei minhas deliciosas, douradas ou negras, Staropramem, Urquell e Budvar. Descobri Bernard, talvez a melhor de todas.
Eu lembrava de uma cerveja que tomei em 2005 chamada Velvet. Procuramos pelos bares centrais e nada. Supermercados, cervejarias e nada. Recorri ao google e descobri que outros tiveram a mesma dificuldade e que a haviam encontrado em um bar de jazz do outro lado do rio. Velvet cada vez mais underground, diagnosticou a Úrsa.


No mais, curtimos Praga em seus pequenos detalhes. Paguei 185 coroas por uma bunda (casaco, em tcheco). Assitimos a um trio de jazz para um trio de espectadores. Comi porcos e patos assados com batatas. Úrsa virou vegetariana, movida por salmões. Tudo isto com ótimas cervejas, chuva e frio. Chuva em Praga parece praga. Que venham os países bálticos.


PS: a PROMOREKA continua valendo no post abaixo até sexta-feira.

sábado, 2 de outubro de 2010

PROMOREKA: A vodka do bisão no pisão!

Eurekers foi à Vilnius, capital da Lituânia e se empolgou com Uzupis- distrito da cidade que em 01 de abril de 1997 se declarou um país fictício. Como toda nação que se preze, os uzupienses fizeram estátuas homenageando seus heróis- bebâdos e/ou artistas, em sua grande maioria; elegeram um presidente; compuseram um hino; e possuem uma constituição própria. São alguns direitos e deveres dos habitantes do lugar:

-Todos têm o direito de morrer, mas isso não é um dever
- Todos têm o direito de não ser nem memorável, nem célebre
- Todos têm o direito de ter preguiça ou de não fazer nada
- Todo cachorro tem o direito de ser cachorro
- Todo gato tem o direito de não amar o seu dono, mas deve lhe apoiar nos momentos difíceis
- Todos não têm o direito de ser violentos
- Todos são responsáveis por suas liberdades
- Todos têm o direito de não ter nenhum direito

Depois de passar por Uzupis, pensamos em criar nosso próprio país, a Eurakia, e ter uma constituição tão legal quanto a do distrito mais bohêmio de Vilnius. Para isso, contamos com o apoio de vocês e vamos recompensá-los: uma garrafa de uma autêntica (e fantástica só ou com suco de maçã) vodka polonesa para quem sugerir o artigo mais original, criativo, hilário, enfim, que convença a equipe Eurekers a se desfazer dessa maravilha do leste europeu.

As sugestões devem ser postadas nos comentários deste post. Quem escolher o perfil "anônimo", lembre de assinar o seu nome.


                                                                            Nasdrave!

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Budapeste parte I - um belo dia


Jane acordou ainda mais bela. Fui à janela e observei húngaros caminhando em todas as direções. O sol baixo e forte indicava que a manhã fria logo ficaria agradável. Optamos por começar o dia relaxando nas termas do parque da cidade. Boiamos em águas de diferentes temperaturas e odores. Frequentamos saunas secas, molhadas, coloridas e aromatizadas. Relaxamos até nos cansarmos.
Na saída do parque havia a galeria nacional, que estreava uma mostra sobre Klimt e seus cumpadres. Jane fingia gostar de coisas que considerava intelectuais e eu a acompanhei, torcendo para que não se tratasse de pinturas semelhantes às de meu sobrinho Calvin. Jane lia atentamente cada quadro informativo e eu a larguei em busca de mulheres peladas. Dei sorte. Aqueles austríacos safados retratavam o corpo feminino desnudo com diferentes técnicas e estilos. Estendi os braços para trás, cruzei as mãos e caminhei vagarosamente, parando em frente às obras, apreciando cada detalhe. Me rendi às artes, constatei.
De repente a vi. Ela era opaca e brilhava ao mesmo tempo. Cabelos ruivos e soltos, contrastando com o movimento azul do universo no fundo. Via-se marcas de pincel em seus olhos brancos e compreensivos. Seu braço direito erguia um espelho, que simbolizava claramente qualquer coisa. Havia uma serpente tosca passeando por suas pernas. Uma espécie de moldura dourada fazia parte da obra e iluminava a sala. Nuda Veritas. Sinto que nos encontraremos outras vezes.
Quando cheguei ao final da exposição, Jane me aguardava. O sol estava forte e caminhamos até a ilha mais próxima. Intencionalmente sentamos à beira do rio e enlaçamos as mãos. As folhas já secavam e caíam. Vimos no horizonte um monte em cujo topo havia uma pequena estátua. Calculamos que havia tempo suficiente para caminhar sem pressa e lá chegar antes do sol se por.
Os dois lados do rio eram belos. Num deles havia montes com palácios, igrejas e edifícios antigos. O outro lado era plano, com um parlamento enorme no centro e belas construções na margem, com exceção de alguns prédios comunistas e horríveis. Vista do alto, Budapeste era ainda mais bela. Sentamos entre o sol e a cidade dourada, até não haver mais nem uma coisa nem outra.


Jane me informou que havia comprado ingressos para um espetáculo musical, cuja personagem principal era uma espanhola gostosa que todos qureriam comer. Tomamos o metrô e conseguimos chegar a tempo. O lugar era luxuoso e estava cheio de húngaros bem vestidos. Vi muitos instrumentos musicais e imaginei que Jane me sacaneara de novo. Cordas vibraram, sopros reverberaram. A espanhola entrou. Não era lá essas coisas, mas compensava com uma voz magnífica. O som percorria o ambiente como o fundo azul da verdade nua. Até reconheci uma ou outra canção e sorri para Jane, tentando sacar de onde eu conhecia aquilo. Toque de celular ou desenho do Pernalonga? Aplausos. Vinho. Jane. Um dia pode ser perfeito em Budapeste.